quarta-feira, 15 de junho de 2011

Um olhar histórico sobre a leitura de textos...

O texto que segue é parte de um artigo escrito pela especialista em língua inglesa Renata da Cunha.
Também logo abaixo estará o livro que versa sobre o INGLÊS INSTRUMENTAL.O livro foi escrito por um ex-aluno meu ainda nos bons tempos do Colégio Especial Recife na década de 90. Márcio, o autor, foi meu aluno de língua inglesa. Hoje é professor de língua inglesa e escritor. Venho aqui divulgar o trabalho do querido Márcio Araújo Lins. PARABÉNS PELO TRABALHO , Márcio.
Há três séculos a leitura vem sendo utilizada como ferramenta no processo de ensino e aprendizagem de uma língua estrangeira, entretanto, o enfoque dado a ela depende da metodologia de ensino do idioma vigente na época.
No século XVIII e meados do século XIX, o Método Clássico era o método utilizado no ensino do latim, língua mais importante da época, nos institutos de educação. Ele se centrava principalmente nas regras gramaticais, na memorização de vocabulário, na tradução de textos e na resolução de exercícios. A língua era aprendida não visando à comunicação, mas sim a proficiência na leitura em latim. Segundo Brown (2001) saber ler em um idioma estrangeiro na época era sinônimo de erudição e de sabedoria, entretanto não havia preocupação em entender como esse processo acontecia.
Na segunda metade do século XIX, atendendo os interesses vigentes da época, o Método Clássico foi substituído pelo método ‘‘Grammar Translation’’, no ensino da língua inglesa. Brown (op.cit.) afirma que o segundo pouco se diferencia do primeiro, pois o ensino da língua continuava baseado nas estruturas gramaticais e na tradução de textos. Três aspectos chamam a atenção no que diz respeito à leitura: O vocabulário era ensinado através de listas isoladas de palavras, o contexto dos textos era ignorado, pois eles eram analisados à luz da gramática e difíceis textos clássicos eram lidos por alunos iniciantes.
Desde então, novos métodos de ensino de um idioma estrangeiro surgiram. No Método Gouin, a língua é ensinada sem tradução e sem explicações gramaticais visando à habilidade oral. Neste contexto, a leitura era vista como memorização de livros clássicos traduzidos e de palavras isoladas. Já no Método Direto, o ensino da língua centrava-se nas habilidades de falar e ouvir em um idioma estrangeiro. O vocabulário era ensinado através de demonstração e a gramática intuitivamente. Quase nenhuma atenção era dispensada à leitura. Por outro lado, o Método Audio-Lingual baseava-se em teorias behavioristas centrado na fala e na audição, visando uma boa pronúncia. O objetivo da leitura era o domínio de habilidades e fatos isolados através da decodificação mecânica de palavras e da memorização pela repetição. O aluno tinha um papel passivo, era visto como um instrumento receptor de conhecimentos vindos de fontes externas.



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