terça-feira, 11 de novembro de 2014

APRESENTAÇÕES DE SESSIONS NA IRLANDA em OUT 2014.

MINHA DISSERTAÇÃO COMPLETA NO LINK ABAIXO.

ACESSE: http://www.unicap.br/tede/tde_busca/processaPesquisa.php?pesqExecutada=1&id=661

CAPÍTULO 1, SEÇÃO 4 DA DISSERTAÇÃO - MOBILE LEARNING: aprendizagem com mobilidade.

Não faz tanto tempo assim que uma das coisas mais excitantes que se conseguia fazer com os aparelhos de celular era baixar ringtones ( tons sintetizados ou, nos casos mais sofisticados, clips curtos, substituindo os toques que já vinham com os celulares). Hoje, os aparelhos tipo smartphones, independente da plataforma, são capazes de suportar centenas e centenas de aplicativos. Absurdamente rápido, parece que, da padaria da esquina, do supermercado do bairro até a página do governo federal e instituições financeiras, todas oferecem um app (como são geralmente chamados os applications, aplicativos em português). O fato logo chamou a atenção de pesquisadores. Nos últimos 3 anos, as empresas têm dado muita atenção aos aplicativos e o número de aplicativos pedagógicos tem tomado destaque. No sítio do British Council, os aplicativos têm recebido especial atenção, como se observa na Fig. 21, que mostra um cuidado em oferecer aplicativos aos visitantes. Muitos educadores e especialmente muitos professores de línguas sempre foram desafiados a trazer para as suas aulas o que havia de vanguarda em tecnologia nos vários momentos da história. Sempre foi um desafio lidar com as expectativas geradas em torno das aulas de línguas estrangeiras. Aconteceu assim com os primeiros cassetes, projetores de imagens, slides, vídeo cassete em VHS, CDs, laptops e com eles uma gama de software que podia seguir para dentro da sala de aula. Não seria diferente com os mais recentes PDA’s (personal digital assistants), celulares, smartphones, tablets e toda sorte de ferramentas tecnológicas que possam motivar a aprendizagem, tornando-a mais prazerosa e eficaz. Com o número de atividades que a vida do homem moderno demanda, distâncias e problemas com a mobilidade urbana, o grande desafio está sendo como fazer o aluno aprender e se sentir motivado em momentos que o professor não está por perto, como após as aulas ou entre os intervalos de uma aula e outra na mesma semana. Uma sociedade que é móvel, é cheia de canais para a distribuição de mudanças acontecendo em qualquer parte. Deve ficar atenta ao fato de seus membros serem educados para iniciativas pessoais e para a adaptabilidade. Do contrário, eles serão esmagados pelas mudanças que os pegam e cujos significados ou conexões eles não percebem. (DEWEY, 1959, p. 88) O que se lê sobre o estudo e pesquisa dos usos de aparelhos computacionais sem fio para fins pedagógicos é muito recente. O que não é recente é a idéia de aprender com mobilidade e com certa autonomia. Quando John Dewey escreveu “Democracia e Educação”, o mundo industrializado passava por uma enorme bagunça social e tecnológica. As ferrovias e estradas pavimentadas possibilitavam viagens em massa. A comunicação sem fio havia diminuído a distância entre os dois lados do Oceano Atlântico e uma guerra automatizada estava sendo travada entre continentes. Será que os momentos não são mais próximos do que se pode imaginar? Vive-se um caos, um fervor social e tecnológico sem precedentes. As tecnologias móveis estão dando acesso global à informação e “mobilidade de conhecimento” entre os povos. Há 10 anos, um professor de línguas no Brasil não tinha a facilidade de ter uma conversa em tempo real com um nativo em Londres através do Skype. Há 7 anos, um fazendeiro no interior de Erbil, cidade Curda, não se comunicava com a cidade mais próxima, agora o mesmo carrega consigo um celular. Realmente, vive-se em uma sociedade na qual os canais que possibilitam mudanças, assim como Dewey se referiu, são carregados conosco e fazem parte de nossas vidas. Cada era de tecnologia tem, de certa forma, concebido a educação seguindo a sua própria imagem. Pensando-se por essa perspectiva, existem vários pontos que convergem e ratificam uma idéia muito antiga de Dewey retomada em nossos dias, a ferramenta que modificou o hábito do artesão. A dissociação de jovens e tecnologia. Os aparelhos móveis são como extensões de seus corpos. O culto ao efêmero, como nos remete Levy, constitui característica das gerações hipermodernas. Característica analógica que poderia facilmente ser ratificada pela ferocidade com que a tecnologia é substituída por algo mais novo, aproveitável e descartável. Cada era tecnológica tem sua geração e educação peculiar. Cabe aos estudiosos e pesquisadores da educação procurar a forma mais eficaz de ensinar e aprender ao seu tempo. Algumas teorias pedagógicas pecam no momento de capturar o que é distinto em m-learning. Isso porque são teorias de ensino e se remetem ao ensino tendo a sala de aula como único palco para atuação e na frente um professor muito bem treinado para tal. Qualquer teoria que envolva o m-learning deve pensar o mesmo ocorrendo fora da sala de aula e deve pensar o processo de aprendizagem como uma construção. Por isso, uma teoria deveria responder as seguintes questões: ela dá conta de uma educação formal e informal? Ela analisa o contexto prático da aprendizagem? Ela teoriza a aprendizagem como uma atividade social e construtiva? Em um paradigma behaviorista, a aprendizagem acontece através do reforço a uma associação entre um estímulo em particular e uma resposta, drill e feedback. Os aparelhos móveis podem, em muito, melhorar o processo de aprendizagem. O uso dos aparelhos móveis para apresentar novo vocabulário, conteúdos gramaticais e perguntas são tidos como estímulos. A atitude gerada como resposta ao estímulo é chamada de response. Já o prover um feedback apropriado é chamado de reinforcement. Dar a chance ao aluno para trabalhar com atividades envolvendo tablets e smartphones etc., proporcionar ao aluno o drill e o feedback, favorece a teoria behaviorista em M-Learning. Existem vários outros estudos surgindo a partir da segunda teoria: aprendizagem construtivista em M-Learning, aprendizagem situada, aprendizagem consciente, teoria da aprendizagem sócio-cultural em M-Learning – Open University, aprendizagem colaborativa etc. Todos os estudos são extremamente recentes. Acontecem, primordialmente, na Inglaterra, mas encontram-se espalhados pelo mundo através de projetos, pesquisas e grupos de estudos. Nesta pesquisa, enfocam-se os estudos de dois grandes teóricos de M-Leaning e que muito têm contribuído para o estudo mundial da aprendizagem com mobilidade. As bases de suas pesquisas estão na Universidade de Wolverhampton, com o professor John Traxler, e na Universidade de Londres, com o professor Norbert Pachler. Ambos no Reino Unido. As observações nesta pesquisa, quanto a multimodalidade dos signos nos aplicativos para dispositivos móveis, tenta seguir a linha de estudos dos professores Gunther Kress, bastante citado no capítulo sobre semiótica, e Norbert Pachler. A Fig. 22 mostra atividades com aplicativos. TEXTO CONTINUA...