sexta-feira, 16 de setembro de 2011

MOBILE LEARNING - definições.





Para falar sobre aprendizagem através de tecnologias da informação e comunicação, é essencial discutir algumas definições que estão sendo utilizadas erroneamente na comunidade educacional. O termo e-learning, por exemplo, tem apresentado várias concepções. O “e” é visto como eletrônico, ou mesmo, como aprendizagem online, através de tecnologias digitais . Ainda é visto no meio empresarial como instrução baseada por computador ou instrução baseada na internet( PACHLER ; DALY, 2011).
Outro termo que aparece é o blended learning que consiste numa prática onde as atividades realizadas através dos computadores são integradas com atividades “face-to-face”.
Para avançar na análise, o JISC (2004) define e-learning como aprendizagem facilitada e suportada através do uso de tecnologia da informação e comunicação. Várias tecnologias podem estar envolvidas no processo, como:
• Desktop e laptops
• Softwares
• Lousas interativas
• Câmeras digitais
• Dispositivos móveis e sem fio, incluindo os aparelhos celulares
• Ferramentas de comunicação eletrônica: e-mails, fóruns, chats e vídeo conferência
Trata-se de uma nova modalidade de formação, capacitação e reforço de comunicação que utiliza os dispositivos móveis (telefones celulares, MP3 players, PDAs, Tablets e outros) como meios facilitadores e distribuidores de conhecimento e práticas educacionais. O Mobile Learning tem adquirido bastante atenção também no campo da aprendizagem informal assim como nos fala (COOK et al. 2008a). A aprendizagem com mobilidade tem chamado a atenção de praticantes e pesquisadores em todo o mundo (PACHLER ,BACHMAIR e COOK , 2010).
O M-learning não levará muito tempo, será muito mais representativo no nosso meio educacional. É um campo vasto a ser explorado e que requer pesquisa e experimento. Hoje, ainda incipiente no Brasil, mas campo bastante difundido na Inglaterra, onde surgiram as primeiras pesquisas e logicamente, nomes de destaque, como Norbert Pachler, Ben Bachmair e John Cook.
Recursos como os celulares, MP3 Players, PDAs e laptops têm sido objetos de várias pesquisas no meio acadêmico pelas possibilidades que oferecem no processo de ensino-aprendizagem. Esses instrumentos fortalecem o “mobile learning” que compreende a possibilidade de aprendizagem com mobilidade. Ao mesmo tempo que oferecem uma vasta possibilidade de usos, surge uma questão longe ainda de ter um fim, ou seja, como o sistema educacional absorverá tantas mudanças e necessidades dos indivíduos? De acordo com Pachler, 2010, muito do que é estudado, pesquisado, produzido sobre o MB continua espalhado, apresentados em seminários, conferências, contudo, não publicados de forma acadêmica, por hora em páginas pessoais e em blogs. Poucos livros têm sido publicados até então, tais como (e.g. Kukulska-Hulme
e Traxler 2005; Metcalf 2006; Pachler 2007; Ryu e Parsons 2008; Ally 2009;
Vavoula et al. 2009), e muitos dos que existem são muitas vezes coleções e contribuições de vários pesquisadores e estudiosos da área. Lembrando que a contribuição tem cunho muito mais técnico que realmente de uso pedagógico nesse campo.
o início dos experimentos com dispositivos móveis data da década de 1990. A primeira fase esta focada primordialmente em como algumas ferramentas, em particular PDAs, tablets, laptops e celulares podem ser usadas em um contexto educacional de aprendizagem para transmissão de conteúdo e treinamento. Segundo Perry (2003) apud Pachler, Bachmair, and Cook (2010), Nesta mesma época na Inglaterra , um projeto de pesquisa entre 150 professores em 30 escolas foram destribuídos alguns dispositivos móveis, principalmente PDAs que é mobile learning
1) contextualizar mobile learning no mundo (segundo capítulo de Norbert, contextualizar mobile learning no Brasil.
2) Caracterizar a importância do mobile (sua importância, aplicabilidade, importancia, uso de câmera, uso de foto, pgs, mp3)
3) Discutir a teoria de Norbert (agent, practice, structure)


O uso das novas ferramentas tecnológicas no ensino de língua estrangeira tem crescido significativamente nos últimos anos nas escolas públicas.
1) Aprendizagem móvel:
2) Ensino de língua inglesa:
3) Habilidade da fala:

Várias teorias têm buscado respostas para esse novo campo educacional, o Mobile Learning. Quando pensamos em teoria da aprendizagem, três abordagens têm despertado interesse de pesquisadores há muito tempo: Behaviorismo, Cognitivismo e o Construtivismo. Dentre essas, o construtivismo tem exercido uma forte influência em nossa sociedade.
Siemens (2008) defende que a aprendizagem está fora e dentro do sujeito. O autor defende o Conectivismo que considera que o conhecimento está literalmente distribuído através de conexões.
Pachler, Bachmair e Cook (2010) propuseram um modelo conceitual para Mobile Learning visualizado em termos ecológicos como parte de contextos sócio-culturais e pedagógicos em transformação. Os autores estabelecem que o processo de aquisição de conhecimento está envolvido a partir de múltiplos contextos. A proposta é desenhada em três aspectos:
Componentes chaves da Teoria Ecológica Sócio-cultural

AGENTE - ESTRUTURAS - PRÁTICAS CULTURAIS

Explicitando o eixo Agente, percebe-se nos jovens novos hábitos de aprendizagem, onde o ambiente se apresenta com um grande potencial para desenvolvimento. Apresenta o usuário capaz de agir com autonomia no mundo. Em relação as práticas culturais, a interação social, a comunicação e o compartilhamento tem sido bem significativo, tanto dentro como fora do espaço escolar. As estruturas apresentam as novas estratificações sociais, a massificação da comunicação e o novo currículo educacional que provoca novas possibilidades de aquisição de conhecimento.
As tecnologias móveis, também denominadas Tecnologias da Informação e Comunicação Móveis e sem Fio (TIMS), aparecem no Brasil como instrumento direcionado para o campo dos negócios. Pesquisas iniciais demonstram que há indícios de aplicabilidade na área acadêmica, não chegando necessariamente nas escolas e universidades.




NEAMPE - Núcleo de Estudo sobre Aprendizagem com Mobilidade de Pernambuco.
Edson Lourenço(Especialista em Língua Inglesa)
Ênio Tavares (Mestrando em Ciências da Linguagem e especialista em Língua e
Literatura Inglesa)
Marcos Barros (Doutorando em Educação e Mestre em Educação. Especialista em
Tecnologia na Educação)

Sobre o NEAMPE-Núcleo de Estudos sobre Aprendizagem com Mobilidade de Pernambuco.

Há um bom tempo, temos assistido a avanços tecnológicos que, inevitavelmente, têm afetado o nosso dia a dia. Não paramos e analisamos o quanto nossas vidas mudaram nos últimos 10 anos. Somos mais exigidos, somos mais exigentes com tudo. Produzimos mais e quase não se fala mais no movimento slow, que dizia que uma tendência entre os trabalhadores seria reduzir o pique de produção e horas de trabalho. Como essa tendência não se concretizou, mais e mais, precisamos de auxílios tecnológicos para nos ajudar e facilitar nossos compromissos diários, entre eles, nossos compromissos educacionais – escolas regulares, cursos de línguas, faculdades, etc. O nosso grande intuito no NEAMPE é estudar formas de facilitar a aprendizagem em um mundo em profunda evolução digital. Negar à educação esses recursos e não descobrir nos inúmeros aplicativos disponíveis funções educacionais, seria como voltar no tempo e negar à humanidade as facilidades que os celulares trouxeram às nossas vidas.
Levado por uma curiosidade inerente a nossa espécie, há alguns anos – exatamente 15 anos, tenho tentado incorporar a minha prática como professor de língua inglesa as mídias e toda sorte de recursos tecnológicos que possam ajudar o meu aluno a querer participar mais da aula e sentir-se agente no processo de construção da sua aprendizagem de forma mais significativa.
Diante do quadro que expus nos parágrafos acima, uma realidade me chama bastante a atenção, a aprendizagem com mobilidade, ou M-learning de mobile learning. Trata-se de uma nova modalidade de formação, capacitação e reforço de comunicação que utiliza os dispositivos móveis (telefones celulares, MP3 players, PDAs, Tablets e outros) como meios facilitadores e distribuidores de conhecimento e práticas educacionais.
O M-learning não levará muito tempo, será muito mais representativo no nosso meio educacional. É um campo vasto a ser explorado e que requer pesquisa e experimento. Hoje, ainda incipiente no Brasil, mas campo bastante difundido na Inglaterra, onde surgiram as primeiras pesquisas e logicamente, nomes de destaque. Pachler, Bachmair e Cook (2010) propuseram um modelo conceitual para Mobile Learning visualizado em termos ecológicos como parte de contextos sócio culturais e pedagógicos em transformação. Os autores estabelecem que o processo de aquisição de conhecimento está envolvido a partir de múltiplos contextos.

Mas as possibilidades que essa forma de aprendizado móvel descortinam são muitas:
• Acesso em qualquer lugar, com possibilidade de melhor utilização do tempo;
• Diversidade de aparelhos e plataformas a custos baixos;
• Redução de custos em logística para o deslocamento de pessoas para um ambiente comum (sala de aula);
• Maior interatividade entre os envolvidos, com possibilidade de trocar referências instantaneamente;
• Possibilidade de acessar o conteúdo a qualquer hora, tornando a ferramenta uma arma a favor da aprendizagem.
Ênio Tavares.