sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sobre o NEAMPE-Núcleo de Estudos sobre Aprendizagem com Mobilidade de Pernambuco.

Há um bom tempo, temos assistido a avanços tecnológicos que, inevitavelmente, têm afetado o nosso dia a dia. Não paramos e analisamos o quanto nossas vidas mudaram nos últimos 10 anos. Somos mais exigidos, somos mais exigentes com tudo. Produzimos mais e quase não se fala mais no movimento slow, que dizia que uma tendência entre os trabalhadores seria reduzir o pique de produção e horas de trabalho. Como essa tendência não se concretizou, mais e mais, precisamos de auxílios tecnológicos para nos ajudar e facilitar nossos compromissos diários, entre eles, nossos compromissos educacionais – escolas regulares, cursos de línguas, faculdades, etc. O nosso grande intuito no NEAMPE é estudar formas de facilitar a aprendizagem em um mundo em profunda evolução digital. Negar à educação esses recursos e não descobrir nos inúmeros aplicativos disponíveis funções educacionais, seria como voltar no tempo e negar à humanidade as facilidades que os celulares trouxeram às nossas vidas.
Levado por uma curiosidade inerente a nossa espécie, há alguns anos – exatamente 15 anos, tenho tentado incorporar a minha prática como professor de língua inglesa as mídias e toda sorte de recursos tecnológicos que possam ajudar o meu aluno a querer participar mais da aula e sentir-se agente no processo de construção da sua aprendizagem de forma mais significativa.
Diante do quadro que expus nos parágrafos acima, uma realidade me chama bastante a atenção, a aprendizagem com mobilidade, ou M-learning de mobile learning. Trata-se de uma nova modalidade de formação, capacitação e reforço de comunicação que utiliza os dispositivos móveis (telefones celulares, MP3 players, PDAs, Tablets e outros) como meios facilitadores e distribuidores de conhecimento e práticas educacionais.
O M-learning não levará muito tempo, será muito mais representativo no nosso meio educacional. É um campo vasto a ser explorado e que requer pesquisa e experimento. Hoje, ainda incipiente no Brasil, mas campo bastante difundido na Inglaterra, onde surgiram as primeiras pesquisas e logicamente, nomes de destaque. Pachler, Bachmair e Cook (2010) propuseram um modelo conceitual para Mobile Learning visualizado em termos ecológicos como parte de contextos sócio culturais e pedagógicos em transformação. Os autores estabelecem que o processo de aquisição de conhecimento está envolvido a partir de múltiplos contextos.

Mas as possibilidades que essa forma de aprendizado móvel descortinam são muitas:
• Acesso em qualquer lugar, com possibilidade de melhor utilização do tempo;
• Diversidade de aparelhos e plataformas a custos baixos;
• Redução de custos em logística para o deslocamento de pessoas para um ambiente comum (sala de aula);
• Maior interatividade entre os envolvidos, com possibilidade de trocar referências instantaneamente;
• Possibilidade de acessar o conteúdo a qualquer hora, tornando a ferramenta uma arma a favor da aprendizagem.
Ênio Tavares.

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